A internet não precisa ser vista como um mal ou um perigo. Tudo depende como ela é usada.
As novas demandas educacionais exigem uma integração cada vez maior entre a sala de aula e os meios digitais. A utilização desses recursos abre desde cedo diante de crianças e adolescentes um mundo virtual a ser desbravado. E é aí que os pais precisam tomar alguns cuidados. Cabe aos adultos orientarem as crianças e jovens quanto ao uso da internet. À medida em que eles forem adquirindo responsabilidade, podem ganhar mais autonomia.
Enquanto isso não acontece, é preciso tomar cuidado com os excessos e perigos a que os filhos ficam expostos por conta da grande interatividade e acesso irrestrito às informações. Mas impedir o acesso à internet ou o uso de recursos tecnológicos não é o caminho. O mais adequado é fazer um trabalho de conscientização sobre a utilização adequada da internet, com limites éticos e legais.
O artigo 932 do Código Civil deixa claro que os pais têm o dever de vigilância, e quando falham nesse sentido podem responder por negligência. É preciso estar presente na vida dos filhos, sabendo o que estão fazendo e com quem estão interagindo no mundo real e no digital.
No ambiente online, na verdade, valem os mesmos conselhos que antigamente nossos pais nos davam: não falar com estranhos, não entrar em comunidades desconhecidas, não copiar o conteúdo do colega e, especialmente, não fazer com os outros aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco.
A tecnologia não precisa ser vista como um mal ou um perigo. Tudo depende como ela é usada. Nessa hora, o mais eficaz é “entrar no jogo” e participar da vida digital do filho para conseguir avaliar com mais precisão a que os filhos estão expostos.